Jornal Nacional - Roubo de cabos prejudica serviços públicos em cidades brasileiras
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Milhares de trabalhadores que utilizam os trens para seguir da Baixada Fluminense ao Centro do Rio ficaram sem transporte, nesta quinta de manhã (14). O motivo foi um crime que tem prejudicado o fornecimento de serviços públicos em muitas cidades brasileiras.
Três horas e dez minutos de trens parados. “Estou desde 4h e não cheguei no trabalho”, contou um homem.
Dezesseis estações do ramal que liga Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ao Centro do Rio deixaram de funcionar. Trinta mil passageiros ficaram sem transporte por causa do furto de 60 metros de cabos de energia. Um tipo de crime que se tornou comum nas grandes cidades do país.
No Rio, 28 mil metros de cabos de iluminação pública são roubados por ano. No Recife, o prejuízo anual é de R$ 700 mil. Os cabos telefônicos também são alvos. Só no ano passado, em São Paulo, os ladrões levaram quase 1,5 mil quilômetros de fios da rede de telefonia.
O que motiva o roubo é o cobre que fica dentro da fiação. No Rio de Janeiro, os túneis são um dos alvos preferidos. Só no que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca, são cerca de dez furtos de cabo de energia por ano. Cada vez que isso acontece, os motoristas são obrigados a atravessar na escuridão.
A prefeitura decidiu investir em uma estratégia: dificultar ao máximo a ação dos ladrões. Os fios que ficavam nas laterais, agora vão para o teto das galerias, a uma altura difícil de alcançar.
“Agora para alguém roubar vai ter que parar o trânsito, a escada não vai chegar, eventualmente vai precisar de um caminhão plataforma, ou seja, começa a ficar muito complicado”, destacou o secretário municipal de Conservação do RJ, Carlos Alberto Osório.
Para a polícia do Rio, a melhor maneira de combater esse crime é fiscalizar e punir quem compra o cobre roubado.
“Esse cobre é vendido basicamente para ferro velhos e centros de reciclagem. É importante até que os proprietários tomem cuidado, observem, tenham cautela na compra de fios telefônicos ou elétricos, pois a pena deles é aumentada: de um a três anos, ela passa de três a oito anos”, disse o delegado Márcio Franco.
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